Primeiro passeio sem as Marias…

Neste fim-de-semana fizemos o primeiro passeio sem as Marias!

Depois de tudo por que passámos, para nos obrigar a sair de perto das nossas princesas seria necessário um evento muito grande e especial! E assim foi! Uma história de amor entre duas pessoas maravilhosas a Ana e o Fábio de quem gostamos muito e não queríamos perder este dia tão especial para eles. O casamento foi tirado de um livro de contos de fadas! Mágico e surpreendente como o descrevemos, foi na bela cidade Espanhola de Córdoba (terra da noiva) e o jantar no fantástico Castillo de Almodóvar. É tão bom celebrar o Amor 🙂 🙂 🙂

Mas hoje o motivo destas palavras é outro, o sentimento de estar longe das nossas meninas.

Cuidar de gémeas é dose! Costumamos dizer que o trabalho e o cansaço que dá cuidar destas duas meninas é bem maior que o dobro de cuidar apenas de uma! Mas não é apenas o cansaço que é bem maior que o dobro, também a felicidade é bem maior! É um sentimento tão bom, tão grande, tão intenso, que já não nos conseguimos imaginar sem estas duas lindonas! Mas depois de alguns meses de cansaço, a ideia de sair, nem que fosse durante umas horas, agradava-nos.

Engraçado como algo que sempre foi tão simples como darmos um passeio, se transformou de repente num evento tão importante, tão marcante, tão cheio de planos e preparações!

Antes do fim-de-semana chegar, teve de existir uma grande preparação! Os conselhos para os avós foram muitos, tudo teve de ser muito bem planeado e cuidado! Tudo ficou escrito, os biberons preparados, os avisos escritos, os pedidos de telefonemas, os números de telefone de todos os sítios e mais alguns! E depois de mil e um conselhos, recados e avisos, lá fomos nós.

Assim que partimos, a primeira coisa que notámos foi a ausência de barulho de fundo! Depois do exame do papá, havia muita conversa para pôr em dia, e como tal, fomos quase todo o caminho na conversa. Mas sempre que nos calávamos, havia um silêncio estranho, sem aquele barulhinho de fundo tão doce a que nos tínhamos habituado nos últimos meses… Era um silêncio leve, que até sabia bem de início, mas ao fim de algum tempo, junto com o silêncio, chegava a sensação de que faltava algo. Sentíamo-nos leves demais! Sentíamos que nos faltava algo.

Durante as primeiras horas, essa sensação de falta foi atenuada pelo namoro, pelo tempo a sós que já tanto precisávamos, pelas conversas, pelos desabafos, pelos mimos, pelo namoro. Não nos lembrávamos sequer da última vez que o tínhamos conseguido fazer sem sermos interrompidos pelas gargalhadas, risos, choros e conversas das nossas meninas.

Mas pouco tempo depois, começou a bater a saudade! O choro que nos atormenta e preocupa durante a noite, é também aquele que nos deixa de coração preenchido! Que nos faz sentir pais! Sem esse choro, existia uma sensação grande de vazio

Conseguimos usufruir do casamento e do tempo a sós, mas o nosso pensamento esteve quase constantemente com elas! As saudades foram mais que muitas, e que sentimento incrível, a saudade que tivemos delas! Já não sabemos viver sem elas! Quando estamos longe delas, os minutos transformam-se em horas, e as horas em dias!!