Finalmente aqui estou… depois de uma semana horrível!

Este bebé foi muito mas muito desejado! Há bastante tempo que já o era, mas queríamos que as Marias crescessem mais um bocadinho, pois ainda exigiam muita atenção, e se duas é difícil, dividir a atenção, mimos, educação etc., por três iria ser muito mais difícil. Mas quando fizeram 3 anos, decidimos que era a altura certa para lhes dar um mano ou outra mana que elas tanto pediam. Já estavam mais autónomas, e já ajudavam muito mais e compreendiam melhor o que se passava à volta delas.

Mas o medo da prematuridade sempre me apertava o coração… quando pensava em ter outro bebé, o medo de ter de passar por tudo outra vez, de nascer mais cedo, do internamento do medo de o perder  etc. voltava.. mas por outro lado um desejo enorme de viver uma gravidez tranquila até ao fim, de chegar ao terceiro trimestre, de poder fazer o ninho para ele, de poder fazer a mala de maternidade, de ter um chá de bebé etc.

Soube que estava grávida no dia 18 de Novembro à porta do Hospital onde o meu marido trabalha, depois de ter vindo de uma festa de aniversario, e abri o mail enquanto esperava por ele para lhe dar um beijinho e depois seguir para casa. Quando abri lá estava o resultado das análise ao sangue que confirmava a minha gravidez. Se por um lado fiquei feliz por outro estava em pânico cheia de medo, cheia de medo porque agora era mesmo verdade, já não era um sonho, já não era um pensamento era real. Depois de saber passei uns dias muito ansiosa, de mau humor, no fundo estava cheia de medo e não sabia como controlar este sentimento.

Depois de ter tido a primeira consulta e a primeira ecografia, e depois de confirmar que estava tudo bem (e que era só um) comecei a ficar mais calma, mais feliz. Estar gravida apenas de um bebe ia ser novidade para mim.

Dizia muitas vezes que quando chegasse às 25 semanas ia ficar essa semana quietinha… foi quando as Marias nasceram… no fundo era o medo e o que isso significava para mim… o medo de voltar tudo  aacontecer!

Trabalhei o primeiro trimestre sempre bem disposta e feliz, apesar do sono e das náuseas que eram muitas. Quando entrei no segundo trimestre, já estava a cumprir o repouso (antes das Marias chegarem a casa da escolinha, porque com elas em casa era difícil). As Marias desde o primeiro dia que lhes disse que estava gravida que têm ajudado uns dias mais que outros mas têm sido muito compreensivas, na escola também reforçam para ajudarem a mamã em casa e tudo ajudou.

Mas estas ultimas semanas tenho sentido um cansaço maior “umas dorzitas”. Sentia-me diferente e muito mais ansiosa por estar a chegar s 25 semanas. Dizem que quando temos medo de alguma coisa é quando isso acaba por acontecer mais depressa e foi às 24 semanas que o medo se tornou real, o colo do útero encurtou e as dorzitas eram contrações … chorei como chorei quando aconteceu o mesmo na gravidez delas, dei uma abraço ao meu marido e à minha médica do meu coração (Dra. Madalena Lourinho) que é uma mãe para mim. Saí da consulta com indicação para aumentar a medicação e repouso absoluto e para voltar ao hospital para ser reavaliada. Tivemos a sorte de os meus pais poderem ficar connosco para nos ajudar com as Marias, caso contrario, não sei mesmo como iríamos fazer.

Voltámos ao hospital cheios de medo, mas já sem dores e muita mais animada. O optimismo resultou, o pensamento positivo, a esperança, a fé.

Hoje, passado quase uma semana de cama, volto aqui para vos escrever … acho que agora vou ter muito mais tempo para vir aqui 🙂

Amanhã faço 25 semanas, e só desejo que sejam bem melhores do que foram as 24 semanas.

Obrigada a todos pela vossa preocupação e carinho!