Débora, já muito escrevi sobre a Mãe que és. E sinto que por vezes me faltam as palavras, e que me começo a repetir. Hoje, queria escrever algo diferente.
E para escrever algo diferente, nada melhor do que escrever sobre o que te diferencia de todas as outras mães que conheço. Porque para mim, és diferente de todas as outras! És especial! (acredito que existam muitas mães especiais por aí, afinal, todas são especiais à sua maneira, mas para mim, és a mais especial de todas)
Paro por momentos para pensar sobre o porquê de sentir que és diferente. Do porquê de te amar desta forma, e de te admirar tanto, ter tanto orgulho em ti. E, entre muitas outras coisas, percebo que admiro:
– A confiança que tens nas nossas filhas
Recordo a forma segura com que disseste que, quando as nossas filhas ainda não tinham 2 anos, lhes iria fazer bem irem para a creche, ainda que quase todos os médicos dissessem para não irem antes dos 3. Assustei-me. O medo das infecções limitava-me muito até então. Tinha imenso medo que elas saíssem de casa, tinha imenso medo até que recebessem visitas de quem quer que fosse. Irem para a creche então, era tudo o que eu mais receava. E a verdade, é que foi a melhor decisão que tomámos por elas. Obrigou-as a crescer, ensinou-lhes a estar com outras pessoas, que hoje também amam. Obrigou-as a desenvolverem-se e a ganharem maior maturidade em todos os sentidos. E a verdade, é que as tão temidas infecções, pelo menos as graves, nunca surgiram. E tu sabias que seria assim. Não sei como, mas tu desde o início que tinhas essa certeza. E essa tua confiança nelas da-me uma segurança que nem imaginas.
– A liberdade que lhes das
De todos os episódios, brincadeiras e aventuras que tivémos com elas, houve 2 que me marcaram de forma muito especial. O primeiro, aconteceu quando mudámos de casa. No início, os quintais não estavam ainda terminados, e com um monte gigante de areia das obras. E tu, em vez de as levares para dentro, incentivaste-as a ficarem lá fora a brincar naquele monte gigante de areia. Mas a forma como o fizeste, a liberdade que lhes deste, independentemente de tudo o resto, e depois o brilho no olhar delas por tu o teres permitido, marcou-me! Tambem numa ocasião em que enchemos a cozinha de farinha, literalmente por todo o lado, para as deixarmos simplesmente brincar de pasteleiras, me encheu de orgulho.
No fundo, queres apenas que elas sejam felizes, e sabes que para o serem, têm de ser, primeiro que tudo, livres.
– O discernimento que tens, e que me demonstras desde o início, de que elas não são nossas, são do mundo!
A maior parte dos pais criam os filhos como sendo seus. Mas tu não, desde o início, criaste as nossas filhas sabendo que elas eram, não nossas, mas sim do mundo. E a verdade é mesmo essa. Elas são do Mundo, pertencem ao Mundo, e há muito mais para além das nossas portas para elas. Aguarda-as uma vida cheia, uma vida repleta, espero eu, que de muito amor e felicidade, a que nunca conseguirão aceder se estiverem sempre debaixo das nossas asas. Cabe-nos a nós incentivá-las a isso, e estar cá para as amparar nos momentos menos bons que também acontecerão.
Por tudo isto, mas por muito mais que não cabe neste simples texto, Obrigado Mãe, por seres a pessoa linda e maravilhosa que és, e acima de tudo, por seres diferente! As tuas filhas Amam ser tuas filhas, e eu adoro ser teu Marido!
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1 Comments
Sandrine
Lindas palavras !